Ao pé da letra, mas nem tanto!

Uma sessão nova pra ocupar mentes desocupadas! Desrespeitando quase todas as regras ortográficas vigentes!


A língua portuguesa é uma coisa curiosa. Pode-se escrever muita coisa sem dizer nada, e pode-se dizer tudo sem escrever quase nada. Eu sou fã da linguagem, talvez nem tanto da língua erudita, coloquial, mas das várias formas que podemos usar a escrita para dizer algo de diferentes maneiras.

Um belo dia tive uma disperdiciosa idéia!! Criar um blog! Poxa, um blog de Adri (meu blog)... kkkkkk... ninguém vai ler mesmo, então posso escrever qualquer besteira aqui!! Ótima idéia criativa e original. Então, a idéia é toda semana, falar algo também sobre textos, poesias, pensamentos, piadas (pq não né?), entre outras coisas comunicativamente relevantes, ou não! Chama-lo-ei-lo-lhe de “ Ao pé da letra”.

Pra começar, um texto pequeno pra comentar, e é claro, de minha autoria. Eu até poderia começar com um texto massa, Fernando Pessoa, ou outros bons textos que tem por ai. Não!! Não mesmo! Primeiro, original né? O texto ser meu. Segundo, quem... vai.. ler?? Kkkkkk.... Então é melhor ir pela originalidade. Ninguém vai ler mesmo...rsrs!!

Texto:

Quando vejo teu sorriso...
Em segundos, chego lá no paraíso...
Fico parecendo um bôbo...
Em segundos.....
Paraíso...
Que nem bôbo....
O teu sorriso!

Comentário:

Trocadilho barato? Sei lá. Eu estava até inspirado nesse dia. Mas o legal é a disposição das palavras e frases. Existe ai uma repetição de palavras que são justamente as palavras que qualificam os personagens. Vamos frase por frase.

(Quando vejo teu sorriso... )

O momento mágico do texto, o momento que dá pano pra manga pra o “trocadilho barato”, é onde você pode imaginar aquela pessoa que você ama dando aquele sorriso conquistador, mesmo que ela tenha só os dois dentes da frente (os incisivos superiores) ou use chapa (a famosa pereca).


( Em segundos, chego lá no paraíso...)

Ou, o mesmo que viajar na maionese. Na verdade, romanticamente falando, é o momento onde já se está apaixonado e a mente sem juízo já te leva a imaginar e comparar aquele lindo sorriso com as maravilhas paradisíacas existentes e imagináveis. Eita que sorriso né não??

( Fico parecendo um bôbo...)

Conseqüência lógica de quem está apaixonado. Essa nem merecia comentários! Mas mesmo assim, pode-se dizer que tal sorriso é tão cativante que tem o efeito de deixar alguém “abobalhado”.

Bom e ai vem a parte legal do texto! As repetições de algumas palavras já usadas apenas pra reforçar as "relevâncias adjetivais" da cena imaginária. Nesse caso culminando com o elemento central do texto que é o sorriso dessa celestial criatura, que vale lembrar, pode até ter apenas seus dois dentinhos... kkkkkk.

Em segundos.....
Paraíso...
Que nem bôbo....
O teu sorriso!



Isso que é legal, poucas palavras podem criar imaginariamente muitas possibilidades, principalmente quando você se coloca dentro do texto, no contexto e consegue a partir disso viver (imaginariamente) essa estória que pode até virar história.

Um grande abraço solitário ao grande vácuo que se forma nesse blog. Ou de repente a você, desbravador corajoso da Internet que teve coragem de chegar até aqui! Até a próxima!