quarta-feira, 29 de julho de 2015

18 segundos




Foto: Gladyston Rodrigues
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/03/09/interna_gerais,505899/trabalho-infantil-perdura-nos-sinais.shtml

Da série "Instantâneos"


18 segundos

Por um segundo eu parei...
Por dois segundos eu olhei, mas não vi...
Por três segundos eu olhei pra trás...
Por quatro segundos eu verifiquei a hora...
Por cinco, eu olhei de novo e vi uma criança...
Por seis segundos e mais cinco eu vi o circo dentro dela...
Por doze segundos pensei que era alegria no rosto...
Por treze segundos percebi que não...
Mais dois segundos e ela veio em minha direção...
Dezesseis segundo e eu não consegui pensar em nada além daquele olhar triste...
Dezessete eu olhava pela janela do carro, ainda fechada...
Dezoito segundos, eu não consegui nem baixar o vidro...
Uma buzina toca e a luz verde acende...
Não contei mais os segundos, nem as lágrimas...
Nem semáforos, nem crianças...

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Feliz dia do Amigo (Repost)


Acima de tudo, na vida, temos necessidade de alguém que nos obrigue a realizar aquilo de que somos capazes. É este o papel da amizade

Como não deu tempo, vou postar novamente o antigo!!


É a mais pura verdade! Precisamos sempre de nossos amigos por perto, principalmente aqueles que nos motivam, que nos cativam e os que nos dão aqueles puxões de orelha. Obrigado a todos vcs, amigos. E aos amigos mais chegados que irmãos, amo vocês. Vocês sabem exatamente quem são vocês...kkkk (melhor que saibam, ou terão uma crise existencial muito grande em breve) !!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Tchau, até logo ou adeus?



Foto: "Pé de amor" Adri Lucena
Local: Piranhas - AL


É, não fomos preparados pra isso mesmo! A separação, a distância, o abismo entre pessoas. Diferente da noite de um primeiro beijo, quando a gente se despede de alguém, ah...esse tchau é o menos chato, menos doloroso. Talvez pelo fato de saber que aquilo tem tudo pra acontecer de novo, ou pela expectativa de ser, talvez, o inicio de algo duradouro, ou não...rsrs! O tchau é doce, tem gosto de “amanhã te vejo à noite”, de “volto já, não sai daí”. Já se torna bem mais amargo quando é um até logo! Seu amor partiu numa viagem de duas semanas, um mês, um ano, dois, cinco...sentiu o peso? O pai que deixa uma filha, a esposa que deixa um marido no aeroporto sabendo que na noite seguinte não vai dar um beijo antes de dormir. Mas passa. Eles voltam. Mas não fomos mesmo preparados pra isso. A necessidade do ser humano é estar longe da solidão. É estar perto dos que amamos. De se sentir amados. Não fomos mesmo preparados. Menos ainda pro adeus. Nossa, o adeus. Daríamos tudo pra que fosse um tchau, ou até logo. O adeus da poltrona vazia, do balanço que só o vento balança, do quarto com os brinquedos na estante, sempre imóveis, bonecas empoeiradas e pálidas, como num museu. A cama de casal que dobra de tamanho, o céu que perde a cor, o filme que fica repetindo na cabeça durante dias e dias, o sono que parece que nunca mais vai voltar, nossa, quanta coisa por causa de cinco letras. Cinco letras? Um abismo, isso sim! Alguns de nós pensa diferente, sabemos de algo que nos traz esperança, pra um momento posterior, que começa no presente. Mas para o presente, não fomos preparados realmente para a saudade. Ahh, a saudade não estava no título desse texto. Na verdade está. Ali atrás, escondido. A saudade do adeus é aterrorizante. É irreversível. É desmotivadora. Talvez inspiradora. Cria um abismo, uma cratera que temos que conviver com ela. Pra frente. Melhor que seja um tchau, ou até logo. Deixe o adeus apenas para os que não te amam. Para os que não nos merecem. Pra vocês, adeus! Pros que amamos e partiram, até logo! Pra nós que estamos aqui, tchau! Te vejo em breve!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Em extinção







Foto: Adri Lucena
Motivo: Meus horríveis dedos (que agora são amigos)


Ai você diz: " Ah não, textão não!" e eu digo, existem coisas que nem um livro caberia pra contar!!



Esses dias eu estava me lembrando de um amigo que já não vejo há muito tempo, acho que por volta de uns 5 anos. Um dos meus melhores amigos, dos que já tive na vida! Nos dias de hoje é algo raro confiar nos outros, dizer que temos amigos. Chamamos de amigos aqueles que convivem diariamente, ou que compartilham do mesmo ambiente de trabalho, ou aqueles que têm algo em comum, que tem o mesmo gosto musical, ou por culinária, coisas do tipo. Mas e aquelas pessoas que se costumava dividir sua vida com elas? Não estou falando de cônjuge, ou de pais, ou de psicólogos, mas dos amigos! Onde estão eles? Os que estão lá pra o que der e vier, os que nos machucam às vezes tentando salvar nossa vida, salvar-nos de nós mesmos às vezes. Onde estão? Eu tenho o privilégio de ter alguns, e de ter aprendido a cultivar outros, ao menos tentar. Mas o que tenho visto é que cada dia mais isso fica raro de se ver. Cada dia mais as pessoas passam a não confiar nos outros. Eu não tenho respostas pra tudo, nem pra essa questão. Tenho até minhas teorias, mas não quero coloca-las aqui, pelo simples fato de que cada caso tem suas nuances, e meu foco aqui é falar dos amigos em extinção. Não estou decepcionado com nenhum deles, diga-se de passagem, talvez eu tenha até decepcionado alguns, mas não tenho nada que reclamar (até tenho de um caso ou outro, mas esses estão com seus problemas e vamos combinar, não é fácil né?). Sei que o mundo seria muito melhor se amigo não fosse algo em extinção. Há quem pense que pode resolver tudo sozinho, hahahá..., certo, tente, quem sabe tenha êxito, mas vai ser muito mais difícil! Sempre recorri aos meus amigos e digo, além de ser mais fácil, a amizade se consolida. Voltando ao meu amigo ao qual me recordava, estudamos juntos no ensino médio. Foi lá onde aprendemos o valor dos amigos. Dos verdadeiros. Falávamos das nossas namoradas (atuais esposas), dos conflitos com os pais, essas coisas que hoje em dia parece que nem existem mais. Sobre o sentido da vida, sobre como seria o futuro, sobre as inseguranças que hoje em dia nenhum homem ousa falar sobre isso. Insegurança? Homem inseguro? Hã? Peraí, isso existe? Quem é o cara que vai admitir isso? Ahh...entendeu? Você nunca vai ouvir os homens conversando sobre isso depois dos 18 anos. É quase por sua hombridade em xeque. Mas existe? Claro que existe! É por isso que homem faz tanta merda, é por isso mesmo! É por isso que já fiz muita! E é por isso que existe amigo, pra evitar a “bosta alheia”! Se postei isso? Que se dane quem duvide da minha masculinidade por isso...kkkkkk! Isso não tem nada a ver, nada mesmo! Que as mulheres saibam, somos inseguros sim garotas, isso é um grande teatro! E o que seria de mim sem meus amigos. Nossa, o que seria de mim agora mesmo sem eles? Eu não gostaria de perder nenhum deles, por nada! Até os mais recentes. Amigos e amigas, lógico! Alguns de longa data, outros mais recentes, mas não menos importantes. Algumas amizades até intensas demais, todas importantes pra mim. Todas, principalmente a amizade familiar. A minha esposa, meus pais, meu irmão, e os que não são de sangue. São vocês que cuidam de mim. Ah...você deve está perguntando sobre meu amigo que não vejo a 5 anos e pouco. Fui padrinho de casamento, vi seu filho nascer, crescer, gostar de carros. Fizemos muitas coisas juntos, éramos três, o outro vejo sempre. Curtimos bons momentos. Ele faleceu em 2010 acometido de uma hepatite medicamentosa aguda. Foi tudo muito rápido. Deixou o vazio em todos que o conhecia, e levou muitas histórias, algumas que nunca contei a ninguém, não por ser nada sério, mas apenas por que era parte da nossa amizade. Coisa que aconteceu em comum. Garotas que paqueramos antes de casar, situações depois do casamento em comum. Coisas que me ajudaram a ser quem sou hoje, a ser melhor. Onde eu quero chegar com essa história? Bem aqui! Não perde tempo odiando ninguém! Gaste esse tempo com os amigos de verdade! Cara, melhor começar uma campanha contra a extinção dos amigos de verdade!